Tuesday, January 30, 2007

Thursday, January 25, 2007



Fragmentos fósseis de cerca de 95 milhões de anos são descobertos no norte do Maranhão





A fauna pré-histórica maranhense ganhou novos membros. É o que sugere um recente estudo desenvolvido em um dos mais ricos sítios paleontológicos do Brasil: a Laje do Coringa, na Ilha do Cajual, norte do Maranhão. As novas descobertas são o produto de uma já consagrada parceria entre os grupos de pesquisa da UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e da UNESP (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro.A partir de diversos dentes fossilizados coletados na região, os pesquisadores encontraram evidências que apontam para a existência de formas animais até então desconhecidas que teriam habitado o Norte do Maranhão, entre 100 e 95 milhões de anos atrás, no período Cretáceo.
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A investigação vem sendo desenvolvida pelo paleobiólogo e mestre pela UNESP, Felipe Alves Elias, em conjunto com o Prof. Dr. Manuel A. Medeiros, da UFMA. A partir da análise de dois pequenos dentes de bordas altamente cortantes encontrados na Ilha do Cajual, os pesquisadores reconheceram um grupo de dinossauros carnívoros conhecidos como Velociraptorinae. Suspeitas da existência desse tipo de dinossauro no passado da região maranhense remontam ao final da década de 90. Os novos dados não apenas parecem confirmar essas suspeitas como também sugerem a existência de uma grande diversidade desses animais, já que os dentes analisados diferem de quaisquer outros já catalogados.Membros de um grupo de dinossauros carnívoros que variavam do tamanho de um peru ao de uma ema, os velociraptoríneos caracterizavam-se por possuírem cauda longa e rígida, membros dianteiros vigorosos, postura bípede e patas traseiras munidas de garras recurvadas e pontiagudas – armas poderosas utilizadas para auxiliar no abate de suas presas. Recentes descobertas na China sugerem também que estes animais eram provavelmente emplumados, algo que os aproxima de seus parentes modernos mais próximos, as aves.Estes pequenos carnívoros, famosos após serem retratados na produção hollywoodiana “Jurassic Park”, já eram conhecidos no Brasil nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso, porém datavam de épocas mais recentes (entre 80 e 65 milhões de anos).O resultado mais empolgante do estudo veio, porém, através da descoberta de dentes alongados e pontiagudos, atribuídos a pterossauros - criaturas voadoras consideradas parentes próximos dos dinossauros. No Brasil, o mais importante registro destes animais encontra-se na chapada do Araripe, fronteira entre os estados do Piauí, Ceará e Pernambuco. Esta é a primeira evidência do grupo no Maranhão e uma das poucas em território brasileiro fora da região do Araripe.As características dos dentes analisados sugerem que no Maranhão existiram pelo menos dois grupos distintos de pterossauros, os Anhangueridae e os Ornithocheiridae. Os Anhangueridae tinham entre 3 e 6 metros de envergadura de asa e eram dotados de estranhas cristas na ponta do focinho. Já os Ornithocheiridae eram provavelmente menores e possuiam dentes longos e comprimidos lateralmente.Fósseis de ambos os grupos também podem ser encontrados na região do Araripe e, embora apenas através da morfologia dos dentes não seja possível definir com precisão a que espécies pertenciam, é provável que os pterossauros maranhenses tivessem um parentesco próximo com as formas que habitavam aquela região.Os pesquisadores também encontraram semelhanças morfológicas entre vários dos exemplares analisados durante a investigação (incluindo velociraptoríneos e pterossauros) e formas presentes no mesmo período histórico na África. Tais semelhanças reforçam uma longa linha de evidências anteriores que já apontavam para uma proximidade evolutiva entre as faunas maranhense e norte-africana, mesmo no estágio final de ruptura das duas massas continentais.





Cientistas apresentam o mais antigo esqueleto de primata
O trabalho atual coloca as origem dos primatas no período Paleoceno, entre 55 milhões e 65 milhões de anos atrás, pouco depois da extinção dos dinossaurosBloch, et al./ PNAS
Composição e reconstituição do esqueleto do D. szalayi
NEW HEAVEN, EUA - As origens e os primeiros ramos da evolução dos primatas, categoria que inclui macacos e o homem, são mais claros e pelo menos 10 milhões de anos mais antigos do que estimavam estudos anteriores, de acordo com trabalho publicado na edição desta terça-feira, 23, do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
O artigo, de uma equipe encabeçada pelo paleontólogo Jonathan Bloch, propõe uma reconstrução da base da árvore genealógica dos primatas, comparando esqueletos e fósseis representando mais de 85 espécies, modernas ou extintas. A equipe também descobriu dois fósseis de 56 milhões de anos, incluindo o mais antigo esqueleto de primata já descoberto.
No estudo, em duas partes, uma avaliação das estruturas do esqueleto leva os autores a encontrar evidências de que os plesiadapiformes, um grupo de mamíferos antigos que, pensava-se, estaria mais próximo dos lêmures voadores, são, na verdade, os primatas primordiais. Para chegar a essa conclusão, a equipe de cientistas analisou 173 características de primatas modernos, lêmures e de um tipo de toupeira, em comparação com os plesiadapiformes, para determinar as relações evolucionárias. O uso de tomografia computadorizada permitiu que áreas dos esqueletos inacessível a olho nu fossem levadas em conta.
"Este é o primeiro trabalho a juntar tudo", diz um dos co-autores da pesquisa, Eric Sargis.
Jonathan Bloch descobriu duas novas espécies de plesiadapiformes, Ignacius clarkforkensis e Dryomomys szalayi. Estudos baseados em fósseis anteriores sugeriam que o Ignacius não era um primata arcaico, mas sim um mamífero planador, aparentado aos lêmures voadores. No entanto, análise de um esqueleto mais completo levou a uma mudança nessa visão.
"Esses fósseis... mostram que nossos primeiros ancestrais primatas eram do tamanho de um rato, comiam frutas e viviam em árvores", afirma Bloch.
A idéia de que os plesiadapiformes seriam os ancestrais dos primatas modernos já havia sido proposta antes, mas gerou polêmica. O trabalho atual coloca as origem desses animais no Paleoceno, entre 55 milhões e 65 milhões de anos atrás, entre a extinção dos dinossauros e a primeira aparição clara de membros de diversas ordens modernas de mamíferos.
"Estes resultados sugerem que os plesiadapiformes são o grupo crítico a estudar para compreender as fases mais primitivas da evolução humana", diz outra co-autora do trabalho, Mary Silcox.

mais de 800 fosseis

Desde 2003 o Laboratório de Paleontologia, que se localiza no Museu Dom José, em Sobral, vem desenvolvendo pesquisas na região Norte do estado do Ceará. Contudo, somente em outubro de 2006 a infra-estrutura do laboratório foi implementada através de um projeto financiado pela Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNCAP). A equipe já descobriu os fósseis mais antigos do Estado. Primeiro é feito um trabalho de campo; depois de recolhido, o material é levado para o laboratório, onde é preparado para ser guardado ou exposto. O material coletado recebe todo um tratamento especial, impermeabilizado com verniz, recebe um número e é tombado, fazendo parte de uma coleção cientiífica. É guardada no museu e servirá para o estudo por parte de futuras gerações de paleontólogos. A professora e coordenadora do Laboratório, Maria Somália Sales Viana, diz que só na última visita à região do Araripe foram coletados 80 espécimes, adicionados à coleção, que conta com aproximadamente 800 fósseis. Ela fala o quanto é importante um laboratório como esse: “O papel do laboratório é o resgate dessas informações científicas, já que o Ceará é muito rico em fósseis. Esse conteúdo revela o passado da vida na terra e o passado do homem”. As pesquisas são feitas em regiões como Pacujá, serra da Ibiapaba, onde foram encontrados os fósseis que revelam que no local havia um mar há cerca de 450 milhões de anos. Em Santana do Acaraú, assim como em todo o Vale do Acaraú, foram descobertos depósitos de tanques, que são pequenas depressões, onde se acumulam ossos de mamíferos gigantes extintos há cerca de 10 mil anos. EXPANSÃO - O trabalho do Laboratório de Paleontologia, que inicialmente era desenvolvido apenas nas regiões próximas a Sobral, está se expandindo para outras regiões do Estado. Para desenvolver o trabalho de coleta e pesquisa do material, o laboratório conta com cinco estudantes de Biologia e bolsistas de iniciação científica (CNPQ e FUNCAP), da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA). Alguns fósseis encontrados são expostos em uma sala anexa ao laboratório, onde são recebidas turmas de colégios do ensino fundamental e médio. Através de oficinas pedagógicas são transmitidos conhecimentos e conceitos básicos de paleontologia, com uma linguagem simplificada e popular.


Tesouro de fósseis encontrado na Austrália

É um verdadeiro tesouro para os paleontólogos e provavelmente mais uma peça para ajudar a compor o retrato da história da vida na Terra e também das suas muitas extinções. De uma assentada, uma equipa de investigadores liderados por Gavin Prideaux, da Universidade da Austrália, em Perth, desenterrou uma colecção de fósseis de nada menos que 69 espécies diferentes, algumas delas desconhecidas até agora da ciência. O achado, e o seu estudo preliminar é publicado hoje na revista Nature e a equipa acredita ter agora dados suficientes para explicar as grandes extinções na região Sul da Austrália.Os fósseis foram encontrados em grutas subterrâneas, na planície desértica de Nullarbor (que deve o nome, justamente à sua aridez, já que nullius abor, em latim, significa nenhuma árvore), a uma centena de metros do mar, na costa sul do país."Esta é uma descoberta sem precedentes na Austrália. Várias espécies novas ou descritas antes a partir de material incompleto, estão aqui representadas por esqueletos inteiros", afirmou a propósito o líder da equipa, Gavin Prideaux, citado pela AFP.Os fósseis datam do Pleistocénio - têm entre 800 mil e 200 mil anos de idade - e de acordo com os cientistas são uma montra inesperada e fantástica da vida na Austrália, naquela época recuada, em que os seres humanos ainda não tinham chegado ali, o que só aconteceu há 40 mil anos.Entre as espécies encontradas estão 23 de cangurus (oito delas completamente novas para a ciência), vários grandes lagartos e um marsupial carnívoro, primo do diabo da Tansmânia.Aparentemente a gruta, a 20 metros de profundidade, funcionou como uma espécie de armadilha para os animais, que caiam através de aberturas no solo.O estudo mostra que no Pleistocénio o clima da região já era árido, e que portanto as espécies já estavam adaptadas a ele. A descoberta deita por terra a tese de que as extinções de espécies nessa era, na região, ficaram a dever-se a mudança do clima para uma maior secura.
joão pinto





Tuesday, January 16, 2007





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